O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma das fruteiras tropicais de maior importância no Brasil e no mundo, sendo cultivado em diversos estados brasileiros. Bahia e Espírito Santo são os principais estados produtores no Brasil, responsáveis por 88% da produção nacional, estimada em 1,9 milhões de toneladas em uma área de cultivo de 36,6 mil hectares (IBGE, 2008). Todavia, pouco do que se produz é exportado.
Entre os fatores responsáveis por esta limitada exportação estão as doenças, principalmente as que ocorrem em pós-colheita. A podridão-peduncular é uma das principais doenças de pós-colheita. A doença é causada por um complexo de fungos, dentre os quais Phoma caricae-papayae, Colletotrichum gloesporioides, Lasiodiplodia theobromae, Alternaria alternata e Fusarium solani, são os mais comuns . A doença ocorre quando o fungo invade o fruto, após a colheita, através do pedúnculo cortado. Já foi constatada incidência de 100% de podridão-peduncular em frutos após a colheita (Liberato & Costa, 1997), quando na ausência de quaisquer medidas de controle.
A mancha-de-phoma, causada por Phoma caricae-papayae Punith. é considerada a segunda doença mais importante em pós-colheita no Brasil. O fungo é amplamente disseminado em regiões tropicais e a doença apresenta sintomas variados.
Foram realizadas duas avaliações, sendo a primeira no final de maio e a segunda no final de agosto de 2007. Avaliou-se a incidência e a severidade de mancha-de-phoma em folhas de mamoeiro. A incidência de folhas com sintomas de mancha-de-phoma foi obtida em percentagem pela relação entre o número de folhas com sintomas pelo número total de folhas. Para severidade de mancha-de-phoma avaliou-se a folha disposta imediatamente abaixo da folha com a primeira flor aberta, com o auxílio de escala diagramática proposta por Terra et al. (2008).
Para cada doença foram conduzidas análises de variâncias conjuntas, considerando época de avaliação como fonte de variação. As análises de variâncias foram realizadas utilizando-se o Programa SAS (SAS, 1992) e as médias dos genótipos foram comparadas pelo teste de agrupamento de Scott-Knott, a 0,05 de probabilidade utilizando-se o aplicativo SAEG (Euclides, 1983).
Considerando a incidência de folhas com mancha-de-phoma, avaliadas nos híbridos contidos no terceiro experimento, houve a formação de três grupos, as combinações 'Americano x Waimanalo' e 'Maradol x JS 12' estiveram, respectivamente, locadas nos dois grupos mais resistente (Tabela 2). Com base na avaliação da severidade da mancha-de-phoma, neste experimento, deve-se destacar os híbridos 'Calimosa x Sekati', 'Calimosa x Maradol' e 'Sekati x Caliman AM', com severidade de doença inferior a 2% (Tabela 2). Considerando as melhores combinações envolvendo cada genótipo testador em particular, destacam-se, as combinações 'Americano x Waimanalo' e 'Americano x São Mateus', ambas com menores severidades de mancha-de-phoma para o testador 'Americano'. Para o genótipo 'Maradol' todos os cruzamentos resultaram em híbridos resistentes. Já para o genótipo 'Sekati', as melhores combinações ocorreram com 'Caliman SG', 'Caliman G', 'Diva', 'JS 11', 'Sunrise Solo', 'Caliman GB' e 'Caliman AM'.
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